domingo, 27 de junho de 2010

Intimidade com Deus

O relacionamento entre pessoas é a forma como eles se tratam e se comunicam.

Um dos fatores impulsionantes do sucesso em nossa vida, é a forma pela qual nos relacionamos com as
pessoas, e o fator principal que impulsiona a nossa vida espiritual é a forma pela qual nos relacionamos
com Deus. (comunhão com Deus é o mesmo que relacionamento com Deus)
Mas como fazer isso? Um relacionamento com pessoas com as quais vemos diariamente e temos um
contato físico, já é difícil. E um relacionamento com um Ser que não vemos e, muitas vezes, sequer
escutamos? Para nos relacionarmos com Deus é preciso um princípio básico, que é a fé. Mas para
mantermos essa relação, é preciso agir como em qualquer outra:

* Devemos ouvir: não existe, por exemplo, uma amizade unilateral. Alguém que só fala e não está
disposto a escutar, se priva de uma troca de experiência que traria maturidade. Em se tratando de Deus,
a pessoa abre mão de ouvir Sua doce voz instruindo, consolando, ensinando. E a forma de ouvir a Deus é
lendo a Bíblia.

* Devemos falar: apesar de ser a parte que mais gostamos, fazemos da forma errada. Não só para pedir,
devemos falar com Deus para agradecer (pelas mínimas coisas) ou simplesmente para expor o que
sentimos, o que esperamos, o que sonhamos. Deus sabe de tudo, certamente que sim, mas como em um
relacionamento com um pai, por exemplo, é necessário que a gente diga.

* Devemos abrir mão: Em um relacionamento é preciso ceder algumas coisas que consideramos
importantes. Coisas que possivelmente nos tiram do foco, nos fazem priorizar aquilo que satisfaça nossos
desejos somente. Pois, assim como em um relacionamento entre um casal, é necessário cumplicidade.

Logo em suas primeiras páginas a Bíblia já nos mostra uma história de intimidade, em Gênesis 3:08 (“E,
ouvindo a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim à tardinha, ...”) . podemos observar ao lermos
este capítulo, que já era costume do Senhor, passear na terra na virada do dia, ou seja, desde a fundação
do mundo, Deus já buscava intimidade com o Homem.

Deus sempre buscou ter intimidade com o homem, ele sempre procurou estar o mais próximo possível,
Ele sempre quis falar com o homem face a face....porém o pecado separava o homem de Deus.

Quando Deus criou o homem, eles se falavam todos os dias, mas com a queda do homem, Deus não podia
mais se aproximar muito, porque o pecado fazia uma barreira entre eles. Deus só falava face a face com
apenas um homem dentre todo o povo, o Sacerdote.

Pensando em ter mais intimidade com todos os seres humanos, ele enviou Jesus, para pagar o preço pelos
seus pecados, assim quando quisessem se achegar ao trono dEle, precisariam apenas se lavar no sangue
de seu filho, a falta de intimidade com o homem lhe doía tanto, que seu filho veio morrer pelos pecados
do mundo, para que Deus pudesse novamente ter intimidade com todos os homens da Terra, como no
princípio tinha com Adão.

Sabemos que intimidade é algo que depende das duas partes...não basta somente Deus buscar ser íntimo
do homem, o homem também tem que buscar intimidade com Deus......... Mas, COMO TER ESSA
INTIMIDADE ?

Quando conhecemos uma pessoa, já no primeiro dia não contamos a ela toda a nossa vida, todos os
nossos sonhos, ou os nossos segredos mais profundos. Por que? Porque ainda não somos íntimos com
esta pessoa, mas se passar algum tempo, todos dias nós conversarmos um pouco e formos nos
conhecendo mais e mais, chegará uma hora em que teremos confiança um no outro para lhe contar tudo
o que se passa em nosso interior.......podemos então afirmar que intimidade, vem com convivência. Nós
não podemos ser íntimos de uma pessoa com a qual conversamos raramente e sempre temos uma
conversa superficial.
Com Deus funciona da mesma forma, como podemos dizer que somos íntimos de Deus se mal falamos
com ele diariamente, quando falamos são coisas superficiais.......ou seja, aquelas orações diárias de todo
crente, que ora ao acordar , na hora das refeições e na hora de dormir, não fazem dele uma pessoa íntima
de Deus, pois com um amigo íntimo passamos oras contando a ele tudo que se passa dentro de nós e
ouvindo o que se passa no coração dEle.

Deus falava com Adão no paraíso, na viração do dia. Adão ouvia a Sua voz e ambos travavam um diálogo
de perto.
É exatamente isto que Deus tem buscado do homem, intimidade, Ele quer que passemos um tempo diário
com Ele, como Adão passava antes de sua queda, Ele quer contemos a ele os nossos desejos, sonhos e
segredos mais profundos. Mas será que Ele já não sabe disso tudo ? você pode estar se perguntado, sim,
Ele sabe, mas Ele tem prazer em nos ouvir e falar conosco, porque da mesma forma que quer ouvir os
nossos segredos, Ele quer ter a oportunidade de compartilhar conosco os sonhos, os planos, e os desejos
mais profundos do coração dEle.

Texto: Hebreus 10:19,20 "Tendo pois, irmãos ousadia para entrar no santuário, no Santo dos Santos, pelo
sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que Ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela Sua carne".

Segundo as Escrituras Sagradas, observamos que Deus sempre dá mais preferência ao relacionamento do homem com Ele do que o trabalho que os homens podem fazer por Ele. Pessoas que têm o relacionamento com Deus como prioridade são mais abençoadas do que as pessoas que dão prioridade ao trabalho. Um clássico exemplo é o conhecido episódio bíblico envolvendo Maria, Marta e Jesus. Nesta história observamos que Marta se preocupou no trabalho e Maria se preocupou em conversar com Jesus (relacionamento). O mais interessante é que Jesus repreendeu Marta pelo que ela estava fazendo. Continuemos.

Você se lembra da história de José e seus irmãos. Neste episódio, vemos que os irmão de José trabalhavam o dia inteiro, enquanto José ficava com seu pai. Por esta razão ele era o mais querido de todos, era o preferido de seu pai por causa do relacionamento!

"A intimidade do Senhor é para os que o temem,

aos quais ele dará a conhecer a sua aliança" salmo 25:14

"A Igreja do Senhor Jesus tem que levar as pessoas acima de tudo a ter comunhão com Deus, este é o alvo principal da obra de Deus que nos faz cooperadores, do que adianta ter sido abençoado finançeiramente, na saúde, etc, se não há relacionamento intimo e sincero com Deus !" (Rones Marciel)

sábado, 5 de junho de 2010

Os pés de pavão


Sermão pregado no culto de Missões, dia 20/07/2008



Igreja O Brasil Para Cristo em Medianeira









O pavão é uma das aves mais lindas que existe. Suas penas tem um colorido e formam desenhos que impressionam à vista. Por isso, desde a antigüidade foi um símbolo de status e poder. Salomão mandava trazer carregamentos de pavões de Társis, junto com prata e ouro (1Rs 10:22). Na índia, era considerado animal sagrado, e quem matasse um pavão, pagava com a própria vida. Os reis e rainhas enfeitavam os seus jardins com pavões, e quanto mais aves tivessem, mais importantes eram considerados. Enfim, o pavão sempre foi uma ave linda e cobiçada, pois está associado ao poder e à vaidade. Porém, o pavão tem um ponto fraco. Seus pés são feios, distorcidos, quase aleijados. Destoam da beleza formada pelas suas penas. Os pés do pavão não combinam com seu porte e com o colorido de sua plumagem. "Pé de pavão" significa feiúra, defeito.



Agora, não se ofendam se eu lhes disser que muitos na igreja tem pés de pavão. Tem muita coisa bonita para apresentar e que realmente impressionam, mas quando olham para os pés devem ficar envergonhados. Sei que agora, as mulheres especialmente, estão olhando para seus pés e discordando de mim, pois seus pés são bem cuidados e os calçados que usam combinam com a roupa. Mas eu estou falando num sentido espiritual e me proponho a demonstrar que nossos pés podem ser feios como os do pavão. Mas não me limitarei a apontar o defeito, a feiúra, mas darei a receita para que você tenha pés bonitos, que combinem com a beleza do restante do seu corpo.

Antes porém, vamos ler a respeito de uma importante promessa em Romanos 10:13-15:



"Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!"



"...Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo." (13)



A possibilidade de ser salvo pressupõe que todos os homens precisam da salvação. De fato, a Bíblia diz que "todos pecaram e separados estão da glória de Deus" (Rm 3:23)

Como, porém, invocarão aquele em quem não creram?" (14a)

Para que se invoque ao Senhor, é necessário crer nele. O escritor de Hebreus deixou isto bem claro: "De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam."

(Hb 11:6). As pessoas somente irão clamar por ajuda do Senhor se tiverem fé nEle. É um engano pensar que os homens já nascem com fé. A fé é algo gerado no homem, é um dom de Deus. O homem precisa primeiro receber a fé, para depois invocar o Senhor no qual creram.

A razão, portanto, que muitos não invocam o nome do Senhor para serem salvos é que eles não tem fé para isso. É preciso crer antes de invocar.

"E como crerão naquele de quem nada ouviram?" (14b)

O conhecimento é um elemento essencial à fé. Não há como crer em algo que desconhecemos. Por isso, é necessário que as pessoas tomem conhecimento de Jesus, ouçam falar de Sua pessoa e de Sua obra na cruz, para que depositem nEle a confiança da salvação de suas almas. Paulo afirmou: "De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus" (Rm 10:17 RC). Para que a fé seja gerada no coração do pecador, é preciso que eles ouçam falar de Jesus, pois o ouvir vem antes do crer.

"E como ouvirão, se não há quem pregue?" (14c)

Já vimos que para a pessoa invocar ela precisa crer, para crer precisa ouvir sobre Jesus. E para que ela ouça, alguém precisa pregar, anunciar a mensagem do evangelho. Se ninguém pregar não tem como as pessoas serem salvas, pois o evangelho "é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego" (Rm 1:16). O pregador é o portador das boas novas de salvação. Pesa sobre ele uma grande responsabilidade, a de ser fiel à mensagem. Nessa passagem, a palavra pregar define o pregador como um arauto, um embaixador de Deus, aquele que entrega uma mensagem oficial na forma de uma intimação pública. Sem pessoas que sejam proclamadoras do reino, as pessoas não ouvirão a boa nova da salvação e não serão salvas.

"E como pregarão, se não forem enviados?" (15a)

Agora estamos chegando ao ponto que tem a ver com pés bonitos. Para que todas as pessoas do mundo tenham oportunidade de invocar o nome do Senhor é preciso que pregadores sejam enviados até elas. Pois muitos tem desejo em seus corações de serem arautos de Deus, proclamando nos lugares mais distantes a mensagem da salvação, mas faltam os meios para irem até lá. Se não forem enviados, não terão como pregar e almas ficarão sem saber a quem clamar por salvação. É necessário que a igreja prepare, envie e sustente missionários, para que a luz do evangelho chegue no cantos mais escuros do mundo, onde a idolatria, a superstição tomam o lugar da verdade de Deus.

Os enviados são primeiro chamados por Deus, que coloca em seus corações a vontade e a coragem de deixar a sua família e a sua pátria para tornar o nome de Jesus conhecido. Mas essa disposição será frustrada se a igreja não investir na obra missionária, se a igreja não colocar como prioridade número um a expansão do reino de Deus na face da terra. Infelizmente, os crentes gastam mais com coca-cola do que com missões! Enquanto boa parte do mundo permanece nas trevas do paganismo.



quarta-feira, 2 de junho de 2010

OS IRMÃOS DE JESUS

Tudo começou oficialmente no Concílio de Latrão, no ano de 649 quando decretaram que Maria não teve filhos além de Jesus. Porque o espírito de idolatria que já estava entranhado no seio da Igreja Romana, acabou por respaldar a teologia inconsistente e descabida de que Maria não tinha tido outros filhos, com o fito propósito de torná-la como instrumento de adoração por seus fiéis. Creditando-lhe poderes e mediação que não possuem respaldo bíblico. Foi desta forma que Maria passou a ser consagrada como virgem mesmo depois do nascimento de Jesus.

O que sabemos cientificamente é que uma mulher pode ficar grávida sem ter deixado de ser virgem. Mas, por ocasião do nascimento a virgindade se desfaz e não mais se repõe. A partir daí, a igreja se encarregou de pregar esta heresia pelo mundo à fora. É uma doutrina equivocada e não tem sua teologia baseada na Bíblia, mas na tradição católica determinada no Concílio de Latrão.

Daí então, passou-se ao trabalho de descaracterizar os textos do Novo Testamento que afirmavam que Jesus tinha outros irmãos e irmãs, com o argumento de que ditos textos queriam dizer primos e não irmãos.

Os mais eruditos conhecedores do Grego, são categóricos em afirmar que as palavras que lá estão querem mesmo dizer irmãos de sangue e não primos. Mas, os católicos vêm enganando o mundo há muito tempo com essa estória de que Maria não teve outros filhos. É mais uma das mentiras do Vaticano, que tem medo e vergonha de vir a público dizer que o Concílio de Latrão foi uma farsa.

Em Mateus 1:25 está escrito que José não coabitou com Maria sua esposa enquanto Jesus não havia nascido. Logo, fica patente que depois do nascimento de Jesus, José coabitou com Maria e teve outros filhos. Muitos dos pais da Igreja, alguns do segundo século, como: Irineo, Euzébio, Tertuliano, Epifâneo, Hegesipo e Helvídio tiveram o mesmo entendimento que a Igreja Evangélica tem hoje, de que Maria teve outros filhos com José, baseado na revelação bíblica.

Aliás, deixemos claro que a teologia que os evangélicos formulam sobre esta questão é unânime. Nenhuma denominação evangélica discorda, porque a nossa teologia está fundamentada no que está revelado na Bíblia e o que cada crente pode comprovar é que tanto nos originais gregos como nas diversas traduções da Bíblia, inclusive a Versão Católica diz que Jesus teve outros irmãos. Já a defesa de que Jesus não teve irmãos é baseada simplesmente na tradição que teve sua oficialização no Concílio de Latrão.

Examinamos os textos mencionados no argumento:


 1:1 “Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago, aos chamados, amados em Deus Pai, e guardados em Jesus Cristo:”

Judas era irmão de sangue de Tiago conforme sua confissão. Ambos eram filhos de José e de Maria e como tal, irmãos de Jesus. Estes irmãos de Jesus se converteram depois de sua morte e ressurreição, mas acompanharam o ministério de Jesus, veja:

Mateus 12:46 “Enquanto ele ainda falava às multidões, estavam do lado de fora sua mãe e seus irmãos, procurando falar-lhe...”

Mateus 12:47 “Disse-lhe alguém: Eis que estão ali fora tua mãe e teus irmãos, e procuram falar contigo.”

Depois Jesus mesmo os apresenta aos seus discípulos, veja:

Mateus 12:49 “E, estendendo a mão para os seus discípulos disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos.”

As pessoas que conheciam a família de Jesus, testificavam que ele tinha irmãos, e que dois deles se chamavam Tiago e Judas, por isso Judas inicia a sua carta dizendo que era irmão de Tiago, veja:

Mateus 13:55 “Não é este o filho do carpinteiro?, e não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão, e Judas?

Em muitas citações dos evangelhos é mencionada a palavra irmãos se referindo a irmãos de sangue e em outras a irmãos na fé. Jesus chama os seus discípulos de irmãos e diz também que seus irmãos são os que fazem a vontade de seu Pai. Mas, no texto a seguir é feita uma separação singular, onde o apóstolo João menciona explicitamente os discípulos e os irmãos de Jesus além de sua mãe, veja:

João 2:12 “Depois disso desceu a Cafarnaum, ele, sua mãe, seus irmãos, e seus discípulos; e ficaram ali não muitos dias.”

É curioso notar, que segundo o argumento católico a mãe de Jesus andava sempre com seus primos. Nunca aparece estes primos com seus tios ou tias. É muito estranho e inconsistente afirmar que estes irmãos queriam dizer primos.

Vejamos mais:

Os irmãos de sangue de Jesus o aconselham, veja:

João 7:3 “Disseram-lhe, então, seus irmãos: Retira-te daqui e vai para a Judéia, para que também os teus discípulos vejam as obras que fazes.”

Estes mesmos irmãos não criam em Jesus, veja:

João 7:5 “Pois nem seus irmãos criam nele.”

Após a morte e ressurreição de Jesus seus irmãos se converteram e foram líderes cristãos do primeiro século como Judas e Tiago. No texto a seguir, Maria e os irmãos de Jesus, juntamente aos discípulos estão em oração, veja:

Atos 1:14 “Todos estes perseveravam unanimemente em oração, com as mulheres, e Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele.”

É muito estranho que os seus primos ficassem o tempo todo acompanhando o ministério de Jesus. Isto só pode ser atribuído a pessoas com laços de parentesco em primeiro grau. Que aí se insere relacionamento entre pais e filhos e entre irmãos, que faz com que estas relações sejam de amor fraternal, fazendo com que se mantenham unidos mesmo na adversidade. Então eles acompanhavam a mãe (Maria) que acompanhava o Filho (Jesus).

E tem muito mais. Jesus não somente tinhas irmãos mais irmãs também, veja:

Mateus 13:55 “Não é este o filho do carpinteiro? e não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão, e Judas?

Mateus 13:56 “E não estão entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe vem, pois, tudo isto?”.

O autor do texto católico, afirmou citando a Bíblia que Judas cita Tiago como seu irmão (Judas 1:1) e que Paulo diz que Tiago era irmão de Jesus (Gálatas 1:19). A conclusão evidente, é que ambos são irmãos de Jesus. Contudo ele tenta negar estas citações dizendo que Maria não é a mãe deles, o que a teologia evangélica discorda totalmente.

Cita Mateus 27:56 “...entre as quais se achavam Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu.”

Cita Mateus 10:3 “Felipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu;”

Haviam quatro pessoas com o nome de Tiago no Novo Testamento, vejamos:

O primeiro: (apóstolo)

Mateus 4:21 E, passando mais adiante, viu outros dois irmãos - Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, no barco com seu pai Zebedeu, consertando as redes; e os chamou.

O segundo: (apóstolo)

Mateus 10:3 Felipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu;

Um era filho de Zebedeu e o outro filho de Alfeu. Nenhum destes é o Tiago irmão de Judas e irmão de Jesus porque são filhos de outros pais.


Terceiro: (irmão de Jesus)

Mateus 13:55 “Não é este o filho do carpinteiro? e não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão, e Judas?


Mateus 13:56 “E não estão entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe vem, pois, tudo isto?”

Pronto. Neste texto está bem claro que Judas e Tiago são irmãos de Jesus, além de terem mais dois irmãos chamados de José e Simão, e irmãs que a Bíblia não mencione os seus nomes, nem quantas eram.

Quarto:

Marcos 15:40 “Também ali estavam algumas mulheres olhando de longe, entre elas Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago o Menor e de José, e Salomé;”

Esta Maria é mãe de Tiago, chamado de “o menor”, de José e Salomé e só aparece no Novo Testamento nesta citação. Ela não é a mãe de Judas e do Tiago que Judas e Paulo citaram.

Neste ponto, deliberadamente e sem fundamento o autor católico defende que esta Maria é a esposa de Alfeu, e mãe de Tiago “o menor”, de José, Judas e Simão. Só que o texto afirma apenas que ela é a mãe de Tiago “o menor”, de José e de Salomé. Não afirma nada do que defende. Nem em momento algum a Bíblia menciona “Maria de Alfeu”. Aí reside a grande tentativa de defender a teologia de que Judas e Tiago não eram irmãos de Jesus e por conseqüência Jesus não teria outros irmãos e Maria não teria tido outros filhos.

Erroneamente o autor do texto católico menciona (Mateus 13:55-56) que vimos anteriormente para afirmar que Maria não era a mãe de Tiago e Judas, sem usar nenhum argumento convincente. E estes dois versículos se constituem no argumento mais forte da Igreja Evangélica, porque menciona explicitamente que as pessoas se arrazoavam entre si dizendo: “Não é este o filho do carpinteiro e a sua mãe não se chama Maria e seus irmãos...”. Na verdade o que as pessoas estavam dizendo, era, que conheciam bem a Jesus e todos que faziam parte de sua família.

O restante do texto do autor católico é sem fundamento, incoerente vazio e sem argumento algum e termina dizendo que a Igreja apenas afirma uma tradição.

E de tradição já basta o que tem atrapalhado o evangelho de Jesus. E só para encerrar, Jesus confiou Maria a João e João a Maria por dois motivos. João era o mais novo dos apóstolos por quem Jesus nutria grande atenção, amor e carecia de proteção e amparo. Pediu-lhe então que cuidasse de João como se fosse um filho e João cuidasse de Maria como se fosse sua mãe. Não confiou a seus irmãos talvez porque eles não fossem convertidos ou estivessem ausentes. Além do mais, há cuidados que só uma mãe pode dar.


Augusto Bello de Souza Filho
Bel em Teologia


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